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SSP vai utilizar Inteligência Artificial para prever crimes em Alagoas

Governo do Estado firmou parceria com empresa japonesa para uso de algoritmo que identifica manchas criminais

Foto: Reprodução

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) vai utilizar Inteligência Artificial (IA), desenvolvida por uma empresa japonesa, que se propõe a prever crimes de forma mais assertiva, permitindo a alocação de recursos específicos para o combate à violência nas localidades mapeadas.


O órgão assinou um termo de cooperação técnica com representantes da Companhia Singular Perturbations Inc., na manhã desta quarta-feira (13), que oferece um algoritmo de predição das chamadas manchas criminais. A tecnologia entrará em fase de testes por três meses, sem ônus para o Estado.


A equipe de inteligência que já faz o monitoramento das áreas consideradas vermelhas passarão por um treinamento para implantação da IA. Os servidores vão preencher semanalmente uma planilha com os dados da criminalidade e terão à disposição uma ferramenta importante para diagnóstico das localidades.


“Com os dados, as equipes terão uma assertividade maior quanto à questão da alocação dos recursos, tanto das viaturas empregadas como de pessoal nas operações. Elas vão saber, em tempo real, onde está acontecendo, qual o tipo de crime e decidir pela melhor solução a ser dada para o enfrentamento”, destacou o chefe de Articulação de Políticas de Prevenção da SSP, tenente-coronel Iran Rêgo.


O acordo foi possível após intermediação da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), que é responsável pela implementação da Assistência Oficial para o Desenvolvimento (ODA) e apoia o crescimento e a estabilidade socioeconômica dos países em desenvolvimento com o objetivo de contribuir para a construção da paz e o desenvolvimento da sociedade internacional.


De acordo com a SSP, a partir da assinatura do termo, a empresa vai ajudar a reforçar as ações de segurança pública diante dos índices criminais com a apresentação de algoritmos pela IA. “Em outros locais onde este algoritmo está sendo utilizado, houve uma redução de até 23% nos índices criminais em geral, em sua maioria em relação a crimes patrimoniais (roubos e furtos), inclusive também a redução dos homicídios”, revelou Iran Rêgo.


Ele explica que a tecnologia de predição de crimes se baseia em dados estatísticos e não serve para monitoramento de pessoas. As informações da criminalidade continuarão sendo compiladas pela Secretaria de Segurança Pública, também com a participação do cidadão.


O executivo da Singular Perturbations Inc., Keisuke Nishitani, explicou que o programa se baseia na análise de áreas com maior incidência de crimes. Os dados das manchas criminais são inseridos, tratados e analisados com recursos de inteligência artificial, com possibilidade de uma resposta mais imediata.


“A parceria com o Governo de Alagoas passa por duas tecnologias: o mapeamento das áreas quentes com o nosso algoritmo, e o monitoramento através de telas em um centro integrado, com a possibilidade de projetar cenas de crime com um alerta antecipado. No Brasil, em 2022, a cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais, já utilizava o nosso software.


Durante o período de testes, a nossa empresa contribuiu, naquele momento, para uma redução de 68% de determinados crimes. Nossa vontade de contribuir para a redução da violência no Brasil e na América Latina é muito grande", observa.

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